O QUEBRA-CABEÇA DE ALLAN POE
Um detetive aposentado recruta um cadete chamado Edgar Allan Poe para ajudar a investigar um terrível assassinato na Academia Militar dos EUA.
Complexo, misterioso, insinuativo, e, rítmico. O livro de Louis Bayard, “O Pálido Olho Azul”, adaptado pelo diretor Scott Cooper à plataforma de streaming Netflix é como um leito [considere] suave de rio. Mesmo sendo longo demais o filme, 2 horas e 10 minutos — com créditos finais, vale a pena assistir. Muitos são os detalhes e referências que a maioria do público não irá captar nas entrelinhas, exceto se souberem o contexto. Primeiramente, e antes de mais nada, aqueles assassinatos não existiram de fato enquanto Edgar Allan Poe, o cadete abordado pelo investigador aposentado Landor, esteve servindo.
Apesar de ficção e realidade se misturarem, algumas coisas, sim, podem ser creditadas como verdadeiras. Poe, por exemplo, sofria ridicularização de outros cadetes pelo seu jeito. Era também um crítico ferrenho do exagero das normas impostas pelos militares, ele as via com extravagância. O ano, 1830, mostrado condiz com a entrada dele na academia.
Edgar Allan Poe foi também um romancista (autor) admirado, e pioneiro, do gênero literário investigativo, nos EUA. Publicou vários livros, sendo talvez o mais icônico “O Corvo”, que depois virou filme, tendo a primeira produção cinematográfica feita com o saudoso ator Brandon Lee no papel principal.
Poe, apesar de ser o homenageado – ainda da não explicitude na tela –, é o coadjuvante, porém bastante atuante na trama com protagonismo, por assim dizer, pois o personagem principal é Augustus Landor.
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